Fundição Progresso recebe o show que marca o fim da turnê de Baco Exu do Blues

Lucas Correa outubro 30, 2025

O ciclo de um dos álbuns mais impactantes da música brasileira contemporânea chega ao fim. No dia 1º de novembro, Baco Exu do Blues realiza na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, o show que marca o encerramento oficial da turnê Quantas Vezes Você Já Foi Amado?, projeto que percorreu o Brasil e o exterior nos últimos três anos, reafirmando a força poética e estética do artista baiano.

Foto: Divulgação

Mais do que um simples encerramento de ciclo, a apresentação promete ser uma síntese da trajetória recente de Baco — um artista que transformou a vulnerabilidade, o afeto e o desejo em discurso artístico potente. O repertório reúne faixas emblemáticas do álbum, que conta com colaborações de Gal Costa, Gloria Groove, Muse Maya e samples de Vinícius de Moraes, além das sete músicas do EP Fetiche, trabalho que expandiu sua sonoridade e mergulhou em temas como autoestima, sexualidade e representatividade.

Enquanto o álbum consolida Baco como cronista das emoções e das contradições humanas, o Fetiche reafirma sua ousadia em transpor fronteiras estéticas, unindo sensualidade, reflexão e discurso social. Juntos, os dois projetos moldam uma fase artística marcada pela maturidade criativa e pelo domínio de uma identidade musical singular.

O show na Fundição Progresso simboliza a fusão dessas duas vertentes — o amor e o desejo, o manifesto e o íntimo — em uma experiência que promete ser tão intensa quanto catártica. É a celebração de um artista que se tornou referência incontornável na nova geração da música brasileira.

Encerrando a noite, a casa ainda recebe a Yolo Love Party, uma das festas mais representativas da cultura afro-brasileira contemporânea. Criada no Rio de Janeiro, a Yolo celebra a pluralidade musical, estética e cultural negra, promovendo mais de 30 edições entre Rio, São Paulo e Salvador. Com foco em autoestima, pertencimento e criatividade, o movimento já recebeu grandes nomes da cena nacional e serviu de vitrine para novos talentos, tornando-se um símbolo de conexão e resistência.