No dia 20 de novembro, quando o país celebra o Dia da Consciência Negra, o Circo Voador se prepara para se tornar um verdadeiro quilombo contemporâneo ao receber o NEGRO É LINDO FESTIVAL. Gratuito e de alta relevância cultural, o evento propõe um encontro entre música, artes visuais, pensamento crítico e manifestações tradicionais, consolidando-se como um dos mais significativos espaços de valorização da cultura negra no Rio de Janeiro.
Mais que uma celebração, o festival se estrutura como um ato político-cultural, reafirmando o protagonismo negro na produção artística e intelectual brasileira. Sua curadoria amplia repertórios e constrói pontes entre ancestralidade, presente e futuro, convidando o público a viver uma programação extensa que atravessa diferentes linguagens. Os portões abrem às 15h, com entrada gratuita mediante retirada antecipada de ingresso.
Cultura, economia criativa e memória em movimento
Com uma proposta imersiva, o NEGRO É LINDO FESTIVAL ocupa toda a estrutura do Circo Voador com experiências que evidenciam a diversidade e a riqueza da produção cultural negra. A Feira de Empreendedorismo – Encontro Preto destaca marcas, coletivos e criadores independentes que impulsionam a economia preta, enquanto a Galeria Ocupá leva ao público obras de artes plásticas que exploram temas como identidade, território, ancestralidade e resistência.
O caráter formativo do festival aparece em aula pública e rodas de conversa que promovem reflexão crítica, compartilhamento de saberes e fortalecimento de redes. Entre os momentos de celebração, a Roda de Samba – Canto do Batuqueiro traz a vibração do samba de raiz, e a Capoeira de Angola Aluandê ocupa o espaço como performance, rito e afirmação histórica.
Com forte caráter simbólico, o Desfile Beleza Negra se firma como um dos pontos altos da programação, exaltando a estética afro-brasileira, reconhecendo pluralidades e ampliando representações em um dos palcos mais importantes da cultura carioca.
Palco musical pulsante e plural
O line-up deste ano reforça a força criativa da música negra contemporânea. Josiel Konrad, referência da nova cena afro-brasileira, apresenta um show marcado por potência vocal, ritmos híbridos e discursos afiados. Carol Dal Farra, artista em ascensão, leva ao palco sua sonoridade marcada por sensibilidade, entrega e amplitude estética.
A pista ganha ainda mais energia com a Festa Mariwô, que mistura referências afrodiaspóricas com cena urbana, e com o set vibrante do DJ Ademarley, responsável por conduzir o público por uma viagem sonora que transita entre clássicos e novidades da música negra.


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