Com mais de 20 mil pessoas em dois dias, 4ª edição do festival no Parque do Ibirapuera reafirma seu compromisso com a pluralidade de ritmos e gerações da cena nacional.

Gloria Groove - Crédito @gabiramosfotografia_ para @musicontheroad__ 

O Parque do Ibirapuera foi, mais uma vez, o palco onde a potência da música brasileira se manifestou em sua plenitude. O festival TURÁ encerrou neste domingo (29) sua quarta edição paulistana, consolidando-se como uma das mais importantes plataformas de celebração da cultura nacional. Ao longo de dois dias, mais de 20 mil pessoas vibraram com uma programação 100% brasileira, que transita com maestria entre o rock, o samba, o rap, o axé e o pop.

O segundo e último dia do evento foi uma prova contundente da curadoria que dá nome ao festival – uma brincadeira com a palavra "mistura". A tarde começou com a rima afiada e o discurso contundente de Gabriel O Pensador, que aqueceu o público no Palco Banco do Brasil. Logo em seguida, Samuel Rosa subiu ao palco para apresentar sua nova turnê solo, um espetáculo que mescla clássicos de sua carreira e as composições de seu mais recente álbum, demonstrando uma nova e empolgante fase artística.

A celebração das raízes musicais do país teve um de seus pontos altos com o encontro de Saulo e Luiz Caldas. Em uma reverência aos 40 anos da Axé Music, os ícones baianos entregam uma performance enérgica e nostálgica, reafirmando a força de um dos gêneros mais influentes do Brasil. Na sequência, a emoção tomou conta do parque com o show do Raça Negra. Liderado pelo carismático Luiz Carlos, o grupo celebrou seus 40 anos de história e levou o público a uma catarse coletiva com seus maiores sucessos, provando por que permanecem como um dos maiores fenômenos do pagode.

Coube a Gloria Groove a missão de encerrar a noite e o festival com uma performance apoteótica. Apresentando seu novo show, "Serenata da GG", a multiartista transformou o Ibirapuera em um grande baile romântico e pop. Com uma produção impecável e sua presença de palco inconfundível, Gloria Groove guiou o público por uma jornada de amor e celebração.

"A Serenata da GG nasceu da vontade de celebrar o amor de um jeito que fosse a minha cara. A ideia era construir um show que fosse ao mesmo tempo romântico, mas também pop e divertido, com esse gostinho de novela das sete, de programa de namoro. Fazer esse show em junho, tão colado no Dia dos Namorados, é algo extremamente simbólico", comentou a artista sobre o conceito do espetáculo.

O Palco Sol, dedicado a artistas em ascensão, manteve a energia pulsante com a roda de samba feminina Samba de Dandara e as discotecagens de DJ Linda Green e DJ Millos nos intervalos, garantindo que não houvesse um momento de silêncio no festival.

Maitê Quartucci, Head Artístico Nacional da T4F, realizadora do evento, reforça que a diversidade é o pilar central do TURÁ. “Quando criamos o Turá, pensamos em um festival que representasse a riqueza e a diversidade da música brasileira. Não temos medo de misturar - essa é a essência do festival. Nosso compromisso é oferecer uma experiência única, onde, em uma mesma noite, o público possa transitar por diferentes gêneros, segmentos e regiões do país”, destacou.

Com uma programação que no sábado (28) já havia apresentado encontros históricos como Lenine e SpokFrevo Orquestra e o aguardado show SPC - O último encontro, o TURÁ 2025 não apenas cumpriu sua promessa de celebrar a brasilidade, mas elevou o padrão, firmando-se como um evento essencial no calendário cultural do Brasil.