Interpretar histórias, conectar-se com emoções e traduzir vivências em música são marcas registradas de Bizay. Com timbre potente e interpretação visceral, a cantora paraibana consolida sua identidade no sertanejo, ocupando espaços com autonomia, sensibilidade e autenticidade. O novo álbum “Histórias”, dividido em volumes, reflete a maturidade artística de Bizay: cada faixa é cuidadosamente construída, permitindo que o público vivencie não apenas canções, mas narrativas densas que exploram amor, paixão, frustração e superação.
O destaque mais recente do álbum é a faixa inédita “Treme na Base”, que conta com a participação especial de Guilherme e Benuto. A canção chega acompanhada de clipe gravado no histórico Bar Brahma, no centro de São Paulo, combinando uma atmosfera intimista com o peso simbólico de um espaço icônico da música brasileira. Composições autorais e regravações de clássicos, além de parcerias estratégicas, tornam este trabalho não apenas um lançamento, mas um manifesto artístico de Bizay: voz feminina que articula histórias do cotidiano com profundidade emocional, autenticidade e presença cênica inconfundível.
“Histórias” não é apenas um álbum; é um convite para mergulhar nas experiências da cantora, compreender sua visão de mundo e acompanhar a trajetória de uma artista que, mesmo vinda do sertão da Paraíba, encontrou seu lugar em um cenário tradicionalmente marcado por barreiras de gênero e geografia. Cada música representa um capítulo, cada colaboração é um encontro de trajetórias e, acima de tudo, cada interpretação é um reflexo da intensidade e do compromisso de Bizay com a música como veículo de expressão e conexão.
É nesse contexto que entrevistamos a artista, explorando suas escolhas criativas, seu universo emocional e a relevância de “Treme na Base” em sua carreira.
Quando eu digo que sou cantadora de histórias, é porque acredito muito que, ao cantar, estamos contando a história de alguém. As músicas que mais me tocam são aquelas em que sinto isso. Nas minhas composições, a maioria não é sobre mim, mas sobre histórias de outras pessoas que me contam. Eu abraço essas histórias e as transformo em canções. Meu nome verdadeiro é Maria Luísa, e até brinco com isso: “Agora é Maria Luísa, depois vem a Bizay”. A arte nos dá uma liberdade poética encantadora — a possibilidade de imaginar e transmitir emoções vividas por outros. Tento levar isso para as pessoas, cantando histórias que toquem o coração delas.
É muito simples e pode acontecer em qualquer momento. Às vezes, numa conversa, alguém solta uma frase que me toca e eu penso: “Isso dá música”. Tenho um bloco de notas no celular chamado “temas” e também salvo frases no Instagram. Tudo que me dá aquele “tum-tum-tum” no coração, anoto. Pode vir de algo engraçado ou de uma história intensa de amor. Quando a história fala diretamente com meu coração, sei que vai virar música.
Esse álbum marca uma nova fase na minha vida. Lançamos EPs com uma inédita e uma regravação, sempre escolhidas para cada momento do ano, para que as pessoas me conhecessem um pouco mais. Por exemplo, Um Traumatizado nasceu de uma frase real: “Não se cola um coração com álcool”, dita por alguém que fingia estar superado após um término. Outras faixas regravadas, como Fulminante, Onde Haja Sol e Só Você, foram escolhidas por terem grande significado para mim. Minha equipe me ajudou a estruturar tudo de forma estratégica, mas sempre preservando a emoção.
Desde a primeira vez que ouvi a música, soube que queria gravá-la com uma dupla. E a primeira que pensei foram eles, mesmo achando “sonho alto”. Para minha surpresa, aceitaram. Quando ouvi a prévia com as vozes deles, chorei de emoção. Gravamos o clipe juntos e foi uma experiência incrível. Eles abraçaram a música com muito carinho, e até os fã-clubes se uniram para apoiar.
Onde Haja Sol, de Jorge & Mateus, representa minha fase de juventude — eu era muito fã deles. A letra fala de um amor possível e corajoso, algo que me toca muito.Só Você, do Fábio Júnior, tem ligação com minha mãe, que me colocava para dormir ouvindo suas músicas. A escolha foi muito sentimental. Já Fulminante, do Mumuzinho, sempre esteve presente nos momentos de família e amigos. Cantar essas músicas no show ainda me emociona profundamente.
Tudo é possível! Já tive a alegria de cantar com Jorge & Mateus em um show, e foi uma realização pessoal enorme. Com Mumuzinho, já trocamos mensagens de carinho, e com Fábio Júnior ainda não tive a chance de conhecer, mas é um grande sonho.
Meu maior medo é me perder de mim mesma. Peço a Deus para manter minha essência e seguir crescendo de forma constante. Um grande sonho é fazer um show com o público cantando todas as minhas músicas. Não coloco prazos, mas acredito que está mais perto do que imagino.
Com “Treme na Base” e o álbum “Histórias”, Bizay não apenas canta; ela convida todos a sentir, refletir e celebrar cada emoção, consolidando-se como uma das vozes femininas mais autênticas e impactantes do sertanejo contemporâneo.
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