Colina e “Ego Frágil”: o emo do ABC Paulista renasce em nova fase autoral

“Mesmo fora, sempre acompanhei a banda. Voltar foi uma oportunidade de trazer novas ideias e experiências, atualizando a narrativa sem perder sua essência” — Caique Rocha, vocalista da Colina

O ABC Paulista, berço de algumas das mais influentes bandas independentes do país, mantém viva a tradição do emo nacional enquanto reconfigura sua identidade sonora para a contemporaneidade. Em Ego Frágil, a banda Colina apresenta a primeira parte de um projeto ambicioso que une memória afetiva, maturidade artística e inovação musical.

Créditos: Isadora Vianna

Nova formação, novo fôlego

A chegada de Caique Rocha nos vocais e Nikolas Freitas na bateria marca uma fase de renovação estratégica. Com produção do Coelhos Studio, sob a direção de Filipe Coelho, o álbum combina densidade emocional com clareza sonora, permitindo que cada faixa dialogue com intensidade e coesão.

O lançamento antecipado pelos singles “Não Era Pra Ser Assim”, “Otário” e “Verdade” — esta última com videoclipe assinado pela Notorious Filmes — evidencia o cuidado da Colina em manter relevância e impacto visual, fortalecendo a experiência auditiva do público.

Ego Frágil: introspecção e energia controlada

O álbum abre com “Individual”, que estabelece imediatamente o clima introspectivo com riffs precisos e baixo marcante. “Não Era Pra Ser Assim” combina melancolia e refrões memoráveis, enquanto “Verdade” se destaca como faixa emblemática desta fase: intensa, direta e carregada de emoção.

“Distância” explora tensão e isolamento, enquanto “Otário” fecha a primeira parte do disco com uma ironia contestadora que remete ao espírito do emo clássico, mas filtrada pela maturidade e experiência da nova formação.

Estética analógica e identidade visual

A capa de Ego Frágil e todos os singles desta fase foram produzidos de forma puramente analógica por Isadora Vianna, reforçando a autenticidade artesanal e a vulnerabilidade presente nas letras. O resultado é uma estética coesa que traduz visualmente a intensidade emocional do álbum.

Impacto cultural e relevância contemporânea

Ego Frágil não é apenas um registro musical: é um manifesto da Colina sobre a vitalidade do emo e da música autoral do ABC Paulista. Ao combinar referências do passado com inovação contemporânea, a banda prova que o gênero pode ser relevante, autoral e conectado com novas gerações.

A segunda parte do álbum, prevista para o primeiro semestre de 2026, promete expandir essa narrativa e consolidar a Colina como uma das principais referências da cena independente paulista.

Para acompanhar a banda: www.instagram.com/colinaemo.

Sobre o selo Downstage e a AlgoHits

O Downstage, fundado em 2021, combina cobertura jornalística com suporte estratégico a artistas emergentes. Já a AlgoHits, primeira MusicTech brasileira, utiliza inteligência artificial, blockchain e algoritmos proprietários para otimizar a performance de músicos, conectando artistas e público de forma inovadora e estratégica.

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