Neste sábado, 27 de setembro, Belo Horizonte será palco de um encontro inesquecível entre dois ícones da música brasileira. Geraldo Azevedo e Elba Ramalho dividem o palco do BeFly Hall em apresentações que celebram a força, a poesia e a diversidade da música nordestina. O show promete ser mais do que um espetáculo: será uma verdadeira viagem pela memória afetiva e pela riqueza cultural do Brasil.
Geraldo Azevedo: 80 anos de poesia e resistência musical
O cantor e compositor pernambucano chega a Belo Horizonte em clima de celebração. Aos 80 anos, sendo mais de 50 dedicados à música, Geraldo Azevedo revisita sua trajetória em uma turnê inédita com banda completa. No repertório, clássicos que se tornaram hinos da MPB, como “Caravana” (com Alceu Valença), “Táxi Lunar” (com Zé Ramalho e Alceu Valença), “Dia Branco” (com Renato Rocha), “Moça Bonita” (com Capinan) e “Bicho de 7 Cabeças” (com Zé Ramalho e Renato Rocha).
Nascido em Petrolina, às margens do São Francisco, Geraldo cresceu em um ambiente rico em cultura popular. Sua mãe, professora da comunidade, organizava saraus e celebrações, enquanto seu pai, carpinteiro e agricultor, lhe presenteou com o primeiro violão. Essa combinação de poesia e simplicidade moldou um artista que, ao longo das décadas, construiu uma obra sólida, marcada por lirismo, autenticidade e parcerias históricas. Hoje, sua música ecoa como retrato do Brasil profundo, capaz de unir tradição e modernidade em composições atemporais.
Elba Ramalho: 40 anos de protagonismo feminino na música brasileira
Se Geraldo é a personificação da poesia nordestina, Elba Ramalho é a chama da intensidade e da celebração. Em 2025, a cantora comemora quatro décadas de carreira com uma turnê vibrante, que reafirma sua relevância e longevidade artística. No repertório, sucessos que se tornaram parte do imaginário coletivo brasileiro: “De Volta Pro Aconchego”, “Gostoso Demais”, “Chão de Giz”, “Bate Coração”, “Sabiá”, “Banho de Cheiro” e “Frevo Mulher”.
Ao longo da carreira, Elba colecionou dois Grammys Latinos e 16 edições do Prêmio da Música Brasileira, consolidando-se como uma das vozes mais marcantes da música nacional. Sua força interpretativa vai além da técnica: Elba canta para contar histórias, para evocar sentimentos e para traduzir a alma do Nordeste. Uma artista que já conviveu com mestres como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Jackson do Pandeiro, e que, ainda hoje, continua a renovar sua arte sem perder a essência.
Um encontro que simboliza a música do Brasil
Ver Geraldo Azevedo e Elba Ramalho no mesmo palco é testemunhar dois capítulos vivos da história da música popular brasileira. Ambos representam não apenas trajetórias individuais de sucesso, mas também a força coletiva da cultura nordestina, que há décadas influencia e inspira artistas em todo o país.
Neste sábado, o BeFly Hall será transformado em um grande palco da memória, da emoção e da celebração. Uma oportunidade rara de assistir, em uma única noite, a dois espetáculos que marcam gerações e reforçam a importância da música como patrimônio cultural.
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