No próximo 11 de setembro, o Espaço Cultural BNDES, no Rio de Janeiro, recebe a cantora, compositora, atriz e artista circense Mari Jasca para a apresentação de seu espetáculo Disparada.
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Foto: Bruna Sussekind |
O show, marcado para às 19h, com entrada gratuita, propõe mais do que um concerto musical: é uma imersão estética que cruza linguagens, territórios e referências globais em busca de novas possibilidades de expressão.
UMA ARTISTA EM TRÂNSITO PERMANENTE
Natural de Búzios, Mari Jasca construiu sua trajetória em diálogo constante com a diversidade cultural que atravessa sua formação. Do circo às artes cênicas, da música popular brasileira às experimentações eletrônicas, sua obra é marcada pela recusa em permanecer em um único lugar. Disparada, álbum lançado no fim de 2024 e agora traduzido para o palco, representa a síntese dessa busca: um trabalho que atravessa fronteiras, revisita tradições e projeta a artista em uma cena contemporânea plural e inquieta.
SONORIDADE HÍBRIDA E FORÇA PERFORMÁTICA
No palco, Mari estará acompanhada por um time de músicos reconhecidos pela inventividade e versatilidade: Michel Pipoquinha (baixo), Lucas Videla (percuteria), Maju Nunes (percussão), Letícia Mayara (bateria), Luiz Otávio (teclados) e Gabriel Quinto (cordas). O septeto dá corpo a arranjos inéditos e improvisos que fazem do espetáculo uma experiência em constante mutação.
A sonoridade, que costura charango, acordeon, violões, coros e percussões com sintetizadores e baixo elétrico, constrói um ambiente de contrastes: raiz e vanguarda, tradição e modernidade, corpo e tecnologia. O resultado é um mosaico sonoro que dialoga tanto com a poesia cosmopolita de Jorge Drexler quanto com a sofisticação pop de Kali Uchis, sem abrir mão das matrizes rítmicas que moldam a música brasileira, como o forró, o funk carioca, o flamenco e o jazz.
DISPARADA: RITO E TRAVESSIA
Mais do que um show, Disparada pode ser entendido como um rito artístico que reafirma o papel da música como ponte entre universos distintos. A presença cênica magnética de Mari Jasca, somada à sua formação como artista circense, expande o espetáculo para além da canção: gesto, corpo e voz convergem em uma experiência que transborda categorias e amplia o alcance do encontro com o público.
É nesse espaço de travessia — entre gêneros, tradições e linguagens — que Mari instala sua arte. Sempre em movimento, sempre em trânsito, sempre em disparada.
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